quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Questão Controversa

É e será sempre uma questão controversa o referendo sobre o Aborto que vamos ter este mês, mas eu ultimamente e depois de ter visto com muita atenção alguns bons debates na televisão fiquei cada vez mais convencido a votar e a apoiar o sim. Os motivos que me levaram a ter e manter esta opinião, apesar de tudo que já foi falado, é que basicamente eu prefiro ver crianças felizes, estimadas e acima de tudo desejadas pelos pais mas principalmente pelas mães do que ver casos de crianças mortas, abandonadas em caixotes do lixo ou então colocadas em instituições supostamente boas para serem abusadas e usadas para fins de diversão das classes mais ricas e influentes do país.
As pessoas já se esqueçeram da vergonha que foi o caso da Casa Pia e do uso de crianças para serem abusadas sexualmente? Infelizmente ainda não vimos ninguem ser condenado e os supostos culpados andam agora aí nas ruas e a aparecer nas revistas da moda a vista de todos e agindo quase como se fossem vítimas. Este país parece uma esponja gigante onde estes casos graves são absorvidos pela sociedade e depois já ninguem quer saber de nada e continua-se a ter o problema dos abortos clandestinos e das crianças abandonadas e no final disto tudo os defensores do não vem com uma grande lata dizer que acreditam nas instituições que temos e na Lei que actualmente vigora. Será que é de mim ou há algo de muito surreal nisto tudo? Alguém me explique por favor qual é a lógica que existe por exemplo na Igreja Católica e no Papa em serem contra o uso de preservativos e metódos de contracepção?Essas pessoas não estão a par dos problemas como a Sida?Não sabem da sua existência?Vivem nalgum buraco isolado sem acesso a informação?
As pessoas que defendem o não usam muitas vezes o argumento da vida e que é matar uma vida humana e que tem alma e blá blá blá, então respondam-me uma coisa já que falamos em respeitar, defender e lutar pela vida humana porque é que no caso de uma mulher ser violada aí já ela pode abortar até as 16 semanas (corrijam-me se tiver errado) sem qualquer problema e toda a gente entende e está tudo bem?Uma vida humana gerada duma violação não é igual em tudo a uma vida humana gerada duma relação normal?Não são ambos a mesma coisa?Porque esta contradição enorme?Como é que eu posso defender e lutar por uma vida humana e não por outra?É só nesses casos que a mulher tem direito a decisão? Uma violação é uma coisa que nenhuma mulher está a contar acontecer infelizmente eles acontecem mas também acontecem casos de mulheres que tomam pílula e usam preservativo e estes falham e elas ficam a braços com uma situação que não estavam a contar também.
Eu acho que ninguém tem o direito de estar a intrometer-se num assunto que só diz respeito a mulher e devemos acima de tudo respeitar e entender os motivos que levam muitas mulheres a fazer o aborto e não devemos julga-las porque não foi certamente uma decisão fácil e tomada de ânimo leve. E para os que defendem o não tentem arranjar argumentos e soluções melhores e mais lógicas porque a história de estar a apoiar uma coisa sem saber muito bem porquê e sem ter solução para o mesmo não é de todo convincente.Evolução é uma coisa natural no ser humano e temos que saber nos adaptar as realidades que existem actualmente e não devemos agarrar-nos a tabus e preconceitos ultra-conservadores. Votem SIM! Tenho dito!

3 comentários:

Anónimo disse...

Governo deve tomar medidas em vez de pedir ao povo a solução

Não ! - Não à legalização do aborto através da falsa bandeira (engodo) da despenalização !

A despenalização do aborto é outra forma enganadora de combater o aborto. O número de interrupções de gravidez, no mínimo, triplicará (uma vez que passa a ser legal) e o aborto clandestino continuará - porque a partir das 10 semanas continua a ser crime e porque muitas grávidas não se vão servir de uma unidade hospitalar para abortar, para não serem reconhecidas publicamente.
O governo com o referendo o que pretende é lavar um pouco as mãos e transferir para o povo a escolha de uma solução que não passa, em qualquer uma das duas opções, de efeito transitório e ineficaz.
Penso que o problema ficaria resolvido, quase a 90 %, se o governo, em vez de gastar milhões no SNS, adoptassem medidas de fundo, como estas:

1 – Eliminação da penalização em vigor (sem adopção do aborto livre) e, em substituição, introdução de medidas de dissuasão ao aborto e de incentivo à natalidade – apoio hospitalar (aconselhamentos e acompanhamento da gravidez) e incentivos financeiros. (Exemplo: 50 € - 60 € - 70€ - 80€ - 90€ - 100€ - 110€ - 120€ -130€, a receber no fim de cada um dos 9 meses de gravidez). O valor total a receber (810€) seria mais ou menos equivalente ao que o SNS prevê gastar para a execução de cada aborto. (*)

2 – Introdução de apoios a Instituições de Apoio à Grávida. Incentivos à criação de novas instituições.

3 – Introdução/incremento de políticas estruturadas de planeamento familiar e educação sexual.

4 – Aceleração do "Processo de Adopção".


(*) Se alguma mulher depois de receber estes incentivos, recorresse ao aborto clandestino, teria que devolver as importâncias entretanto recebidas (desincentivo ao aborto). [Não sei se seria conveniente estabelecer uma coima para a atitude unilateralmente tomada, quebrando o relacionamento amistoso (de confinaça e de ajuda) com a unidade de saúde].

Estou para ver se os políticos vão introduzir, a curto prazo, algumas deste tipo de medidas. É que o povo, mais do que nunca, vai estar atento à evolução desta problemática.

Anónimo disse...

Testemunho de uma abortada.

A minha mãe biológica estava grávida de sete meses e meio
quando decidiu abortar-me.
Não sei porque é que ela tomou essa decisão.Estavamos em 1977.
Ela e o meu Pai biológico tinham 17 anos na altura e não estavam casados.
Ela decidiu abortar numa clinica de Los Angeles e realizou um aborto salino.
Uma solução com sal é injectada no ventre materno e o bébé bebe-a e ficando queimado por dentro e por fora.
Nesse tipo de aborto o bébé é expelido morto em 24 horas mas eu sobrevivi.


O Aborcionista não estava de serviço quando eu vim ao mundo porque se isso tivesse acontecido ele tinha-me estrangulado, algo que era considerado perfeitamente legal até 2002.

/..../
A unica pessoa preocupada comigo foi a enfermeira . Ela chamou uma ambulância e fui transportada para o hospital.
Fui colocada numa incubadora. Não se esperava que eu sobrevivesse.

Porém sobrevivi.

Devido a ter estado 18 horas sem hoxigénio sendo queimada viva no ventre da minha mãe fiquei com problemas .

Não me conseguia mover por mim mesma e os medicos afirmavam que eu iria viver num estado vegetativo o resto da vida.

A minha mãe adoptiva- Penny - decidiu que não obstante aquilo que os médicos afirmavam ela tentaria recuperar-me.


Com 3 anos e meio comecei a conseguir andar. Foi quando a filha de Penny me adoptou.

Tenho 28 anos e trabalho como musica em Nashville, Tennesse.
Ainda coxeio e por vezes caio mas já participei numa maratona e irei participar para o ano numa maratona, em londres , para jovens deficientes.

A minha mãe adoptiva falou-me do meu passado.

Sempre senti que havia algo que faltava contar.Perguntava-lhe muitas vezes porque tinha problemas e ela respondia-me que eu havia nascido prematura.

Aos 12 anos perguntei-lhe de novo e ela disse-me o que havia acontecido.
Eu respondi que tinha este problema devido a um facto interessante.
A minha mãe adoptiva disse-me que eu em vez de ficar amargurada deveria alegrar-me por ter sobrevivido.

Quando eu tinha 17 anos a minha mãe adoptiva encontrou-se com a minha mãe biológica e disse-lhe que eu a perdoava.
Sou cristã. Acredito que a revolta nos pode consumir a vida.

A minha mãe adoptiva amou-me tanto que eu não sinto necessidade de me encontrar com a minha mãe biológica.

Não sei muito do que se passou no encontro entre elas. Só sei que a minha mãe biológica não pediu perdão e fez outro aborto depois do meu.
Comecei a falar contra o aborto quando tinha 14 anos e na terça Feira falarei na camara dos comuns.
Eu penso que é importante mostrar o que aconteceu comigo não só para mostrar a verdade do aborto mas também para mostrar as potencialidades que cada um de nós tem dentro de si.

Não creio que o assassinio seja um direito . Sou completamente contra o aborto, seja em que circunstancia fôr mesmo em casos de violação.
Embora a violação seja um crime horroroso não deve ser a criança a pagar por esse crime.
De facto encontrei-me com pessoas produto de violações e elas estão gratas por estar vivas.


Se o aborto é um direito das mulheres quais são os meus direitos ?

Não existiam protestos feministas contra o facto dos meus direitos estarem a ser violados no dia em que fui queimada viva .

Todos os dias agradeço a Deus.

Não me considero um monte de celulas nem nenhum dos nomes que se costumam dar ao que a mulher carrega no seu ventre.
/..../
Hoje um bébé é um bébé quando isso convém.
Mas quando não convém , quando não chega no momento certo é chamado de um monte de celulas.
Um bébé é chamado de Bébé quando um aborto não provocado ocorre aos 2 , 3 ou 4 meses.

Um bébé é chamado de monte de celulas quando um aborto ocorre aos 2, 3 , ou 4 meses.
Eu não vejo diferença entre os 2 .

Acredito que sou prova viva de que o aborto é o assassinio de um ser humano.
A minha Mãe biologica hà 28 anos atras estava convencida de que tinha direito a escolher , de que tinha direito a uma escolha que só a afectaria a ela.
Porém em cada dia da minha vida eu carrego as consequencias da sua escolha.
Embora eu nada tenha contra ela acho importante as pessoas reflectirem antes de tomarem determinadas decisões.

Ver noticia da bbc

Uns defendem o previlégio de matar.

Os outros defendem o direito de todos viverem.

Lin Kuei disse...

epa sinceramente tas a comprarar um caso de 10 semanas ou 2 meses e meio com um caso de 7 meses? tens nocção que existe assim uma diferença de 5 meses? pá se não tens argumentos minimamente decentes para contrapor argumentos de outros sem ter que recorrer a sensacionalismos não o faças tás a fazer-me perder tempo somente, mas agradeço a resposta e o interesse bem haja.